Ateliê de criação literária coordenado por Luiz Bras
Nos últimos cem anos, a ciência e a tecnologia começaram a modificar a biosfera e o ser humano de maneira assustadora. Mas esse processo, apesar de muito debatido por filósofos, sociólogos, historiadores e cientistas, raramente aparece na literatura brasileira contemporânea. A proposta é que os atelienses expressem em prosa ou verso nossa inquietação presente com o futuro pós-humano que se aproxima, está chegando, já está aqui.
Temas que serão tratados no ateliê:
– Engenharia genética
– Inteligência artificial
– Nanotecnologia
– Drogas da inteligência
– Conexão cérebro-computador
– Próteses eletrônicas
– Upload mental
– Realidade artificial
– Ciborgues
– Robôs, androides e ginoides
– Cidades, residências e veículos inteligentes
– Catástrofes ecológicas
– Viagens espaciais
Dinâmica:
As pessoas estão cada vez mais interessadas em aprender e compreender os mecanismos da expressão literária. Esse interesse está diretamente relacionado à busca da compreensão mais ampla da vida e da sociedade.
O objetivo do ateliê é estimular, de maneira livre, porém disciplinada, a produção de contos e poemas de qualidade, sobre o futuro.
No primeiro encontro, o coordenador apresentará ao grupo e comentará as principais obras da bibliografia e da filmografia sobre a revolução pós-humana.
Em seguida, a cada encontro será proposto aos atelienses que escrevam um conto ou um poema, que será lido e comentado por todos.
Público-alvo
Escritores iniciantes, com obra ainda em formação, estudantes e pessoas interessadas em aprimorar suas habilidades no uso da linguagem literária.
Duração do ateliê
Quatro encontros quinzenais de três horas cada, com um intervalo de quinze minutos.
Cronograma
16 e 30 de outubro, 6 e 20 de novembro
Quartas-feiras
Das 19h às 22h
Número de participantes
Oito
Material
Caneta e papel sulfite, ou laptop, ou tablet, ou smartphone, ou qualquer nova tecnologia de registro de texto
Investimento
R$ 400 divididos em duas parcelas
Local
Rua Cayowaá, 1794 – Salão de festas
Próximo à estação Vila Madalena do metrô
Peço aos interessados que me contatem inbox.
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Luiz Bras nasceu em 1968, em Cobra Norato, MS. É escritor e coordenador de ateliês de criação literária. Já publicou diversos livros, entre eles Distrito federal (rapsódia), Não chore (novela) e MáquinaMacunaíma (contos). Também organizou os três volumes da coletânea de poemas Hiperconexões: realidade expandida, sobre nosso futuro pós-humano.
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Alex Xavier: O ateliê não só nos estimulou a ler e escrever ficção científica, como abriu nossa mente para questões contemporâneas que ampliam nossa visão do mundo e viram de ponta-cabeça nossos conceitos (e preconceitos).
Belise Mofeoli: Bom, se eu fosse uma inteligência artificial, talvez pudesse ligar e desligar meu interesse pelo ateliê do Luiz Bras. Mas não sou. Então, dou-me por vencida pela dependência que os temas abordados me causaram. Você não precisa ser um apaixonado por narrativas futuristas para se encantar com os temas apresentados nas aulas, basta ser um humano vivente neste mundo caótico repleto de cotidianos e seres robóticos, para se embrenhar no “e se?” É o tal mergulho que amplia infinitamente as possibilidades narrativas. Use sem um pingo de parcimônia. Apaixone-se.
Dani Rosolen: Comecei o curso com o pé atrás porque nunca fui muito fã de ficção científica, mas tinha curiosidades profissionais em relação aos temas abordados nas aulas. No fim dos quatro encontros, eu, que nunca entendi muito bem deste mundo, estava escrevendo e falando como louca sobre robôs sexuais, pílulas de inteligência e prolongamento da vida. Foi uma experiência de outro planeta, que só poderia ter sido conduzida com a habilidade e maestria do Luiz Bras.
Fabio Mariano: Atenção, marcianos, temos um problema! Nossa tripulação decidiu permanecer na Terra por tempo ainda indefinido. A decisão foi tomada depois de nosso envolvimento com o Ateliê literário Escrevendo o Futuro, coordenado por um misterioso saturniano infiltrado conhecido aqui na Terra pelo codinome Luiz Bras − suspeitamos que ele se apresente também com outros nomes. As informações obtidas no ateliê nos levaram a novas descobertas sobre o destino do planeta Terra. Entraremos em contato assim que possível.
Francis Toyama: Luiz Bras, capitão da nave estelar Escrevendo o Futuro (e possuidor de olhos biônicos), conduziu-nos com maestria e sensibilidade na fantástica arte da escrita. Uma vez que você embarca, não tem mais volta, é como cair em um buraco negro litero-imaginário.
Gabriel Felipe Jacomel: O Luiz tem a manha. Não foi a primeira vez que o vi reunir ao seu redor pessoas adoráveis em conversas poderosas, mas foi, sim, o meu primeiro ateliê: espanto total. O mais puro mojo. As mais insólitas pajelanças, resultado desse magnetismo que Luiz Bras tem de congregar aquilo que parece ser as pessoas certas, rumo ao vai saber… Certamente, coisa de um ímã implantado.
Gê Martins: Eu participei da primeira turma do ateliê Escrevendo o Futuro. A experiência foi muito positiva, principalmente pela possibilidade de conhecer a diversidade de temas dentro da ficção científica, e também por encontrar uma unidade de escritores abertos a descobrir esse universo sem empinar o nariz para o preconceito. De negativo, só acho que passou muito rápido. Talvez, quem sabe, um curso um pouco mais longo resolvesse essa sensação.
Giovanna Picillo: Participar do ateliê foi como embarcar numa nave para sondar o futuro, agarrá-lo com a imaginação e materializá-lo numa criação coletiva. Experiência tanto mais instigante quanto as pessoas que participaram, feito nosso competente coordenador.
Gláuber Soares: Participar do ateliê Escrevendo o Futuro foi ter acesso ao que há de melhor. Teoria e prática na medida certa, o curso ultrapassa a ficção científica. Luiz Bras, além de profundo conhecedor de FC e das novas tecnologias, domina a literatura, não deixando dúvidas sem respostas.
Mélani Sant’Ana: O ateliê foi uma experiência ótima para mim. Eu nunca tinha participado de nenhuma oficina literária, então nesse período eu consegui estabelecer um ritmo diário de escrita e perder o medo de mostrar meus textos aos outros. Fora que os temas abordados são instigantes e me fizeram pensar mesmo depois que as reuniões acabaram.
Nanete Neves: Como pisciana, tenho muita facilidade em voltar ao passado extraindo dele temas para a literatura que produzo. Mas, para olhar adiante do meu tempo, preciso ser muito provocada e alimentada. Participei do ateliê Escrevendo o Futuro e ele me abriu novos cenários para novas reflexões, em apenas quatro encontros de profundo mergulho nas possibilidades do amanhã.
Nathalie Lourenço: O atêlie Escrevendo o Futuro foi ótimo para explorar e pensar não apenas sobre novos temas, mas também discutir como a tecnologia impacta nossa vida desde hoje. Abriu a cabeça e inaugurou novas vontades de escrever.
Ricardo Celestino: Só tenho pontos positivos a expressar sobre o ateliê. Gostei muito da dinâmica dos encontros, onde todos que escrevem são lidos e todos comentam com cuidado o texto um do outro. As propostas de escrita foram bem coordenadas pelo Luiz, que demonstra ser um grande intelectual da ficção científica brasileira, proporcionando em nós, atelienses, o encanto por esse segmento tão rico da literatura. Luiz também tem uma didática excelente e o cuidado em ler cada palavra de seu texto e explanar pontos positivos e negativos que fundamentam sua escrita, tanto nos encontros presenciais quanto a distância, em nosso grupo do facebook. Por fim, pessoalmente, o ateliê conseguiu direcionar o meu olhar para a produção literária de ficção científica e me fez entender a profundidade de um gênero da literatura brasileira que há muito tempo é banalizado e ignorado por muitos intelectuais.
Sonia Nabarrete: Luiz Bras me ensinou a gostar de ficção futurista, e seu ateliê Escrevendo o Futuro oferece as ferramentas básicas para quem quer escrever nesse gênero. Imperdível.
Toby Tuvia: Para um profissional da memória feito eu − historiador e arqueólogo −, lidar com o passado faz parte do cotidiano. Mas esse horizonte retroativo é muito limitado quando queremos pensar a existência humana. Foi no meio de uma busca profunda que encontrei o ateliê mental Escrevendo o Futuro. Nele vi expandir e implodir a barreira do tempo… Aquelas velhas dúvidas filosóficas: “Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?” derreteram durante os encontros. No lugar delas pipocaram “Quem és tu? De onde eles vieram? Para onde nós vamos…”